Despertador toca, tu se viras, nem
vontade de desliga-lo tens. Ele toca de novo e de novo e tu colocas um
travesseiro sobre a cabeça e voltas para o mundo dos sonhos, esquecendo as
coisas que tinhas a fazer.
Chega um momento que teu corpo se
cansa, fica dolorido, avermelhado, e te corpo com a carga de sono completa,
mesmo assim, demoras horas para levantar-se, pois mesmo com tudo, ali se sentes
melhor do que quaisquer outros lugares que poderias estar.
Quando te levantas, olhas ao redor,
não avista ninguém, silêncio absoluto. Perfeito momento de solidão e escuridão,
mesmo o dia estando claro, mas dentro de ti, todas as janelas foram fechadas,
as portas trancadas e não há nem uma lâmpada para ter uma mera luz artificial.
Ao passo do dia, o mal estar, o não
conseguir falar, olhar distante, o tédio criado, todas as coisas por fazer
abandonas, pensamento de “whatever”, “don’t matter”.
Por mais que teu corpo tenhas
descansado, por dentro não dormiu um segundo. Ele ficou lutando contra dor,
realidade, pensamentos, fantasias, ilusões, desilusões, mas no final perdeu,
ficou fraco, abatido, quebrado.
Ao entardecer , na decida do Sol, e
na chegada das estrelas, tudo se torna completo. Escuridão, dor, naufrágio dos
sentimentos, afogamento da razão, tortura da emoção.

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