Dias como esse eu deve ria ficar longe do
café, cigarro, cannabís, benzodiazepinas,
Coca-Cola, chimarrão. Mas, a realidade ao abrir a porta há paredes, concretos,
cinza. Não há o deitar-se na grama a qualquer horário, de qualquer jeito,
olhando para o céu estrelado, sentir a água correr pelos teus pés, molhar o
rosto com ela fresca e natural, sentir o vento refrescar tua pele e inspirar e
expirar vida. Não, aqui não há tais coisas. Aqui há apenas uma imaginação para
tal, mas que não seria suficientemente por muito tempo apenas com isto, esta
mera ilusão. Se ancorar em uma ilusão por si só já é perigoso, nuvens de
algodão doce, que com uma chuva, tudo se vai. E sem estrutura para se manter, tudo
se se esparrama pelo chão, se desmantela. Tu não enxergas escapatória, há um
beco sem saída, com as luzes piscando, um cheiro de enxofre e nem um ronco de
um Impala 67 para te tranquilizar. Se tivesse uma arma para se ‘proteger’, não
saberia atirar, tremeria ao apontar e a energia cinética do projétil iria me
atirar para trás pela ignorância da postura correta. Há tanta falta de
conhecimento e há tanto nadar sem nadar e tanto sentimento que pode ocasionar
afogamento.
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